Na alcantilada e frondosa Serra da Labruja, há uma cruz latina oitocentista, de faces sextavadas, que parece marcar o sítio de uma emboscada sangrenta às tropas napoleónicas. Segundo a tradição, o episódio ocorrido no contexto da invasão de 1809, sob o comando do marechal Soult, terá resultado na morte de soldados franceses às mãos das gentes da terra. A obra Toponímia de Ponte de Lima refere o bárbaro assassinato de um [militar] suíço tresmalhado do exército [inimigo] a 17 de abril do dito ano. Ancorada em pleno Caminho de Santiago de Compostela, num dos troços mais exigentes e penosos da rota de fé, a arquitetura de cariz religioso mostra na sua base diversas velas, peças de vestuário e fotografias depositadas pelos peregrinos do Apóstolo. A Cruz dos Franceses é também conhecida como Cruz dos Mortos.

GPS 41°51'32.4"N 8°36'16.7"W

Bibliografia:

ALMEIDA, Carlos A. Brochado de; GONÇALVES, Mário Carlos Sousa; ALMEIDA, Ana Paula Azevedo Ramos B. de – Fé e religiosidade popular em Ponte de Lima: cruzeiros, vias-sacras, nichos e alminhas. Ponte de Lima: Município, 2013. ISBN 9789728846442. P. 151

FONSECA, Catarina – Do Porto a Santiago: a terceira etapa, entre Ponte de Lima e Tui (38 Kms). Evasões [Em linha]. (31 jul. 2019). [Consult. 28 maio 2020]. Disponível na Internet:< https://www.evasoes.pt/roteiros/do-porto-a-santiago-a-terceira-etapa-entre-ponte-de-lima-e-tui-38-kms/760052/>

BAPTISTA, António José; FERNANDES, A. de Almeida - Toponímia de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2001. ISBN 972-98467-5-8