Ermida alpendrada, dedicada à mãe da Santíssima Virgem, construída no local onde existiu o mosteiro da Ordem de São Bento fundado pelo bispo D. Hermógio, possivelmente no século IX. Suprimido na segunda metade de Quatrocentos ou em época anterior, foi reduzido a igreja paroquial até se erguer uma nova no sítio atual – mais ou menos no meio da freguesia – no período seiscentista, conforme consta no Arquivo Distrital de Braga. No recinto que orla a capelinha de Santa Ana, descobrem-se “alguns sarcófagos de pedra, grandes e toscos como pias de gado”, que se presumem relacionados com o antigo cenóbio. Vem mencionada na “Corografia Portuguesa de 1706”, da autoria do Pe. Carvalho da Costa. Foi restaurada entre os anos de 2011 e 2014. Apresenta um formosíssimo enquadramento natural dominado por diferentes cambiantes de verdura que cobrem o terreiro sagrado e as montanhas circunvizinhas. Junto da ermidazinha, refrescadas pela sombra do arvoredo, veem-se mesas e bancos de pedra para cavaquear e merendar sem pressa.
Geralmente, a capela de Santa Ana abre ao culto a 26 de julho ou no domingo mais próximo da data para as festividades em honra da padroeira.
GPS 41°50'57.3"N 8°36'07.2"W
Bibliografia:
BAPTISTA, António José; FERNANDES, A. de Almeida - Toponímia de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2001. ISBN 972-98467-5-8
AURORA, 3.º Conde de - Roteiro da Ribeira-Lima. 3.ª ed., rev. e aument. Porto: Livraria Simões Lopes, [1959]
Labruja e o seu longínquo passado. O Anunciador das Feiras Novas. Ano 4, série 2, n.º 4 (1987)