Matriz da freguesia, da invocação de São Cristóvão, erigida em substituição da antiga igreja do mosteiro beneditino fundado pelo bispo D. Hermógio.1 Convertida em paroquial após a extinção do convento, possivelmente em 14602 ou em época mais recuada,3 foi feita de novo no sítio onde hoje se encontra, mais ou menos no meio da freguesia.4 O pedido de licença para se dizer missa no recém-construído templo data de 11 de julho de 1633, conforme consta num documento do Arquivo Distrital de Braga.5 Segundo a tradição, estaria localizado na zona da capela de Santa Ana onde se conservam alguns túmulos presuntivamente relacionados com o desaparecido cenóbio.6
As Memórias Paroquiais de 1758 falam nos cinco retábulos existentes à época – com as imagens de São Cristóvão, padroeiro da Casa, de Nossa Senhora da Conceição, de Nossa Senhora do Rosário, de São Sebastião e de Santo António7 –, sabendo-se pelas páginas do Inquérito do Arciprestado de 1845-46 que o edifício se mantinha seguro e decente e com os paramentos necessários e bons.8 Modificado no decurso do tempo, terá sido reformado em 1893, considerando o ano gravado no pórtico do monumento.
Belissimamente preservada, com lambril de azulejos azuis, brancos e amarelos nas paredes interiores, exibe cinco formosos altares, alguns deles com diferentes venerações: o principal com São Cristóvão, da parte do Evangelho, à esquerda de quem entra, e com Santo António, da parte da Epístola, à direita, descobrindo-se no corpo do templo, encostados ao arco triunfal, os retábulos titulados pelo Sagrado Coração de Jesus e por Nossa Senhora de Fátima com os Santos Pastorinhos. Ressaltam ainda a capela lateral de Nossa Senhora da Conceição e o altar das Almas, do lado oposto, cuja irmandade já aparece citada nas Memórias Paroquiais de 1758, o mesmo sucedendo com as de Nossa Senhora da Conceição e do Santíssimo Sacramento.9
No adro murado da matriz preservam-se cinco cruzes do século XVIII que pertenceriam a um antigo calvário.10
Por seu turno, nas imediações do templo, ergue-se o cruzeiro paroquial, simples, de origem indeterminada.11
GPS 41°50'23.2"N 8°35'51.6"W | 41°50'25.4"N 8°35'51.3"W
Bibliografia:
1 BAPTISTA, António José; FERNANDES, A. de Almeida - Toponímia de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2001. ISBN 972-98467-5-8
2 Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira: ilustrada com cerca de 15.000 gravuras. Lisboa: Editorial Enciclopédica, [1970-19--?]. 40 vol.
3 BAPTISTA, António José; FERNANDES, A. de Almeida - Toponímia de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2001. ISBN 972-98467-5-8
4 ARQUIVO DISTRITAL DE BRAGA – Licença para se dizer missa na igreja novamente feita de São Cristóvão da Labruja… [Em linha]. [Consult. 23 abr. 2024]. Disponível na Internet:< https://pesquisa.adb.uminho.pt/details?id=1256238>
5 Idem, ibidem
6 BAPTISTA, António José; FERNANDES, A. de Almeida - Toponímia de Ponte de Lima. Ponte de Lima: Câmara Municipal, 2001. ISBN 972-98467-5-8
7 CARDOSO, Luís – Ponte de Lima e freguesias do seu atual concelho nas Memórias Paroquiais de 1758… Arquivo de Ponte de Lima. Vol. 4 (1983)
9 CARDOSO, Luís – Ponte de Lima e freguesias do seu atual concelho nas Memórias Paroquiais de 1758… Arquivo de Ponte de Lima. Vol. 4 (1983)
11 Idem, p. 54
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